Hoje decidi falar sobre um aspecto da cultura japonesa que influencia muito os mangás e animês e que pode tornar a leitura deles um pouco mais interessante: O tipo sangüíneo.
Muitos ocidentais acham estranho as fichas de personagens de desenhos japoneses, que muitas vezes incluem o tipo sangüíneo. Mas saiba desde o começo desse texto, que isso não é por simples perfeccionismo oriental. Para os japoneses, o tipo sangüíneo é muito importante. Por exemplo, quando você se apresenta pra uma pessoa no Brasil, você diz seu nome, idade, time de futebol, etc. São coisas que nossa sociedade acredita ser de importância do indivíduo e muitas vezes, o inicio de um longo papo. No Japão costuma se dizer o tipo sangüíneo e perguntar o dos outros, na maior normalidade.
Qual é a grande importância no tipo sangüíneo? Não, os japoneses não estão em busca de doadores. Na verdade, isso tem base em teorias criadas já em 1916, por Takeji Furukawa, da Universidade Feminina Ocha no Mizu, do Japão, pesquisador da psicologia humana e traços de personalidade, que ligava o tipo sangüíneo a forma que o cérebro funciona. Basicamente, dizia que os diferentes tipos sangüíneos reagiam de formas diferentes a perguntas, cada um ativando uma parte especifica do cérebro, criando assim, reações especificas de cada grupo sangüíneo. Mais tarde, Furukawa viria a aprofundar suas teorias com base cientifica, na Universidade de Tokyo, saindo da psicologia teórica e buscando respostas em testes de sangue, eletrocardiogramas, etc.
O governo japonês chegou a estudar o uso da pesquisa para dividir grupos e tarefas de soldados durante a Segunda Guerra Mundial, mas desistiu pelos custos e tempo que levaria para catalogar todos seus homens. Ainda na terra onde o sol nasce, empresas empregam a pesquisa no setor de Recursos Humanos, para selecionar pessoal. No entanto, poucos países levam a serio essa pesquisa. Em Taiwan e na Coréia do Sul, eles tem a mesma idéia dos japoneses e na Franca já houve algo do tipo, alem de pesquisas próprias, que acabou não interessando o povo francês. Mas todo o resto do mundo sequer tem interesse nessas teorias.
As pesquisas, estritamente cientificas, logo caíram na graça popular. O "horóscopo sangüíneo" se difundiu no Japão, onde ele se popularizou ao ponto de bater de frente com a astrologia, entre os carentes de previsão do futuro. Esse tipo de "bidus" sangüíneos acabou saindo da definição de personalidade e indo pro mesmo terreno da astrologia de jornal: seu sangue decide como vai ser seu dia, que cor que vai te dar sorte, o que você deve comer... E é claro que se você encontra gente que acredita nisso assistindo TV, vai ter um em algum lugar mais próximo do que você imagina.
Pois saiba que muitos mangakás acreditam nisso. E não são alguns, são muitos mesmo. De todos os gêneros.
Muitas vezes, a elaboração dos personagens e seu relacionamento, é definido sob base nas pesquisas de Furukawa, fazendo os personagens agirem sob os estereótipos sangüíneos. Isso acaba sendo tão aprofundado as vezes, que ajuda a dar uma certa naturalidade e coerência na reação dos personagens. Alias, esse é um dos pontos que a maioria dos amantes dos quadrinhos japoneses destaca como de fundamental importância na diferenciação com os quadrinhos de outras partes do mundo.
Muitos ocidentais acham estranho as fichas de personagens de desenhos japoneses, que muitas vezes incluem o tipo sangüíneo. Mas saiba desde o começo desse texto, que isso não é por simples perfeccionismo oriental. Para os japoneses, o tipo sangüíneo é muito importante. Por exemplo, quando você se apresenta pra uma pessoa no Brasil, você diz seu nome, idade, time de futebol, etc. São coisas que nossa sociedade acredita ser de importância do indivíduo e muitas vezes, o inicio de um longo papo. No Japão costuma se dizer o tipo sangüíneo e perguntar o dos outros, na maior normalidade.
Qual é a grande importância no tipo sangüíneo? Não, os japoneses não estão em busca de doadores. Na verdade, isso tem base em teorias criadas já em 1916, por Takeji Furukawa, da Universidade Feminina Ocha no Mizu, do Japão, pesquisador da psicologia humana e traços de personalidade, que ligava o tipo sangüíneo a forma que o cérebro funciona. Basicamente, dizia que os diferentes tipos sangüíneos reagiam de formas diferentes a perguntas, cada um ativando uma parte especifica do cérebro, criando assim, reações especificas de cada grupo sangüíneo. Mais tarde, Furukawa viria a aprofundar suas teorias com base cientifica, na Universidade de Tokyo, saindo da psicologia teórica e buscando respostas em testes de sangue, eletrocardiogramas, etc.
O governo japonês chegou a estudar o uso da pesquisa para dividir grupos e tarefas de soldados durante a Segunda Guerra Mundial, mas desistiu pelos custos e tempo que levaria para catalogar todos seus homens. Ainda na terra onde o sol nasce, empresas empregam a pesquisa no setor de Recursos Humanos, para selecionar pessoal. No entanto, poucos países levam a serio essa pesquisa. Em Taiwan e na Coréia do Sul, eles tem a mesma idéia dos japoneses e na Franca já houve algo do tipo, alem de pesquisas próprias, que acabou não interessando o povo francês. Mas todo o resto do mundo sequer tem interesse nessas teorias.
As pesquisas, estritamente cientificas, logo caíram na graça popular. O "horóscopo sangüíneo" se difundiu no Japão, onde ele se popularizou ao ponto de bater de frente com a astrologia, entre os carentes de previsão do futuro. Esse tipo de "bidus" sangüíneos acabou saindo da definição de personalidade e indo pro mesmo terreno da astrologia de jornal: seu sangue decide como vai ser seu dia, que cor que vai te dar sorte, o que você deve comer... E é claro que se você encontra gente que acredita nisso assistindo TV, vai ter um em algum lugar mais próximo do que você imagina.
Pois saiba que muitos mangakás acreditam nisso. E não são alguns, são muitos mesmo. De todos os gêneros.
Muitas vezes, a elaboração dos personagens e seu relacionamento, é definido sob base nas pesquisas de Furukawa, fazendo os personagens agirem sob os estereótipos sangüíneos. Isso acaba sendo tão aprofundado as vezes, que ajuda a dar uma certa naturalidade e coerência na reação dos personagens. Alias, esse é um dos pontos que a maioria dos amantes dos quadrinhos japoneses destaca como de fundamental importância na diferenciação com os quadrinhos de outras partes do mundo.